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Ciências

Projetos em São Paulo incentivam formação de futuras jovens cientistas

Segundo estudos, o Brasil é o país que mais publica artigos científicos sendo que 49% são redigidos por mulheres

 Por Bianca Serrano - 19.09.18 

   Segundo os estudos da companhia Elsevier, editora e fornecedora de informação de domínio global, o Brasil tem se destacado nos últimos anos como o país que mais publica artigos científicos no ensino superior, sendo que 49% destes artigos são feitos por mulheres. De acordo com o estudo, o Brasil está em primeiro lugar seguido de países da União Europeia, México, Chile e Estados Unidos.

   Para incentivar alunas de escolas públicas e particulares a não perderem o interesse pela educação e ciência, as estudantes contam com dois projetos desenvolvidos por professoras da Universidade de São Paulo (USP) e projeto com parceria a Fundação Carlos Chargas, ambos desenvolvem programas em incentivo a formação de futuras jovens cientistas.

   Um estudo divulgado pelo Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico (SAED), estudantes do ensino médio de escolas públicas registraram notas inferiores nas últimas duas décadas. A pesquisa apontou que alunos não conseguem fazer cálculos básicos de matemática ou são analfabetos funcionais, ou seja, conhecem as palavras porém não sabem interpretar o texto.

   Para resgatar o conceito de ciências e educação, professoras da Universidade de São Paulo (USP) promoverá a 2ª edição de cursos extracurriculares do programa “Meninas com ciência”. O público alvo são meninas do 5º ao 9º ano do ensino fundamental que gostem de ciência. As inscrições começaram no dia 10 de setembro através do site. Clique aqui e confira os pré-requisitos.

   A 2ª edição intitulada “De mulheres cientistas para meninas que sonham” permitirá que meninas de 11 a 14 anos, estudantes da rede pública ou particular de ensino, vivenciem a rotina de uma cientista. O evento contará com palestra, aulas teóricas e práticas com doutoras e pesquisadoras. Todas as aulas serão realizadas durante o último sábado de outubro e os quatro sábados do mês de novembro no Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP). A primeira lista de convocação para o curso será divulgada dia 12 de outubro.

   A especialista à frente do projeto é a professora doutora Camila Negrão Signori, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO – USP) que coordena o curso ao de lado de outras cientistas e professoras de diferentes universidades públicas da cidade de São Paulo. Elas ensinarão sobre diversos temas como: Oceanografia, Engenharia Elétrica, Astronomia, Neurociência, Zoologia, Astrobiologia e Física.

   Outro projeto em nível nacional que incentiva o tema ciências e educação é a Fundação Carlos Chargas - “Elas nas Exatas” em parceria com a Unesco. Desde 2015, o projeto incentiva meninas a se interessarem por matemática, geometria e cálculos, beneficiando mais de treze mil alunas ao longo de três anos. A coordenadora Executiva do Projeto, Kelly Kotlinski Verdade, conforme informações divulgadas no site sobre o ELAS, afirma que “Cada organização desenvolve um método para mobilizar recursos, mas o foco é a ação mesmo que a gente faz lá na ponta. E no Fundo ELAS o foco é mobilizar recursos, é conseguir conquistar apoiadores, parceiros, investidores, da importância de se financiar o movimento de mulheres”.

   Não é só no Brasil que a dificuldade de educação atinge meninas na idade escolar. Segundo um estudo americano Girls Index, feito com alunas do Ensino Fundamental II e Médio, 46% das estudantes não se sentem capazes de se formarem na profissão dos sonhos. “O objetivo do projeto é mostrar o papel de uma mulher cientista em diferentes áreas de atuação, incluindo as áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática)”, informa Camila.

Serviços

Projeto “De mulheres cientistas para meninas que sonham” - Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo (USP) - Praça do Oceanográfico, 191, Cid. Universitária, SP.

 

Fundação Carlos Chargas - ELAS NAS EXATAS

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