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Saúde infantil

Violência pode causar o desmame precoce

Institutos em São Paulo promovem grupos de apoio à amamentação

Da redação - 29.08.18 

  A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que o aleitamento materno exclusivo dure até pelo menos os seis primeiros meses de vida da criança. No entanto, o estudo realizado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP feito com 21 mulheres, com idade entre 17 e 23 anos, mostra que a mães ao sofrerem agressão ocasionada pelo companheiro, chamada pelo estudo por “Violência por Parceiro Íntimo (VPI)”, deixam de amamentar precocemente seus filhos.

  A análise feita pela obstetriz Nayara Girardi Baraldi mostra a diminuição do tempo de amamentação, além da inclusão de outros alimentos antes do período indicado. “De 21 mulheres apenas uma ao final dos seis meses [180 dias] de vida do bebê conseguiu amamentar exclusivamente, ou seja, sem inserir água, chás ou papas”, informa Nayara em relação a alimentação do bebê.

 Além da violência praticada pelo parceiro existem outros fatores que influenciam o desmame precoce, como a falta de apoio, estímulo a introdução de fórmulas e a banalização das chupetas e mamadeiras. Com a jornalista Dayane Marques o início do aleitamento foi um processo complicado. “O começo foi bem difícil, desde o hospital. O meu bebê não conseguia pegar da forma certa o peito para mamar”, contou a jornalista. Dayane relata também que logo nos primeiros meses precisou complementar a amamentação. “A fórmula foi bem importante no começo, mas não deixei de amamentar. Em pouco tempo não precisava da fórmula mais. Ele passou a se alimentar exclusivamente no peito”, explica ela.

  Para as mulheres que passam por esse tipo de situação e precisam de auxílio de especialistas, existem instituições na cidade de São Paulo que promovem durante o ano todo grupos de apoio que orientam a forma correta de amamentação. “Desde a gestação, a futura mãe já recebe informações sobre amamentação e conta também com um grupo de apoio presencial”, informa a instrutora de yoga Katia Barga da empresa Baby Yoga.

  Em parceria com o Grupo de Apoio à Maternidade Ativa (GAMA), a obstetriz Ana Garbulho promove cursos de cuidado com o bebê e pós-parto com abordagem sobre amamentação. “Ali elas têm algum prévio conhecimento sobre o assunto, sobre as possíveis dificuldades e depois acabam por contratar os serviços particulares para seguir as orientações em casa, pra ter uma orientação individual e mais personalizada”, explica Ana.

Já para aquelas mães que não tem disponibilidade de frequentar grupos de apoio ou cursos presenciais, o instituto Vivavita Instinto Materno, na cidade de Araçatuba, promove encontros online nas redes sociais. “É um momento muito rico de aprendizado e busca de soluções coletivas, onde mães que já passaram por dificuldades podem auxiliar as que estão enfrentando algum problema a encontrar alternativas e caminhos coerentes com a própria realidade”, conta a odontopediatra materno-infantil que gerencia o instituto Andréia Stankiewicz.

 

Serviço

 O grupo de apoio à amamentação na Baby Yoga acontece toda quinta-feira na Rua Massaranduba, 34, São Judas - SP.

  Para mais informações do curso de cuidado com o bebê e pós-parto ministrado no GAMA clique aqui. A obstetriz Ana Garbulho também promove materiais sobre aleitamento materno na página SOS Primeiros Dias.

  Os encontros presenciais do instituto Vivavita Instinto Materno ocorrem semanalmente no endereço: Rua Humaitá, 589. Já os grupos de apoio virtuais são feitos no Facebook e Whatsapp.

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